segunda-feira, 2 de abril de 2007

Poder de ser, não sendo!

Todos nós possuímos um grande poder que consiste em nos fazermos passar pelo que não somos, poder esse que quando mal utilizado pode correr mal.
Falo do poder de se ser, não sendo.
E de que se trata isto?
Trata-se somente do poder passível de ser usado quando socializamos com novas pessoas que não nos conhecem, e por isso mesmo, se vêm incapazes de avaliar a nossa veracidade.
Durante este processo podemos ser tudo o que não somos e queremos ser, ou ser tudo o que nem somos e também não nos interessa ser.
Podemos ser o eu especial no qual nós não nos revimos, podemos adoptar um eu angariando os muitos eus que convivem dentro de cada um ou podemos ser um eu não reflectido de dentro para mas sim de fora para dentro, ou seja, podemos basear este eu no conciliar de características conhecidas de muitas vivências,
Em suma, podemos ser tudo.
Este processo poderá correr bem ou mal, dependendo muito dos propósitos da sua utilização.
Todos nós, melhor ou pior, podemos usar este dito poder, mas o poder mais difícil de manejar é mesmo o poder de ser, sendo.
Este sim é o verdadeiro poder repleto de complexidade e pormenores que de menores nada têm.
O poder de ser, sendo é uma descoberta interior daquilo que verdadeiramente somos.
Nunca poderemos afirmar o domínio total deste poder, mas poderemos nos dar por satisfeitos por sermos fiel a ele.

2 comentários:

Anónimo disse...

E qual é o teu eu?

Tiago Gonçalves disse...

O meu eu é uma tentativa constante de "ser, sendo".
E o teu?