domingo, 20 de maio de 2007

Será hora de opinar ou de calar!?

Quando falamos sentimos uma enorme necessidade de ser interessante, de ter assunto, de conseguir sobressair sobre o outro ou pelo menos não ser inferiorizado por ele.
Sentimos necessidade de opinar sobre qualquer assunto para não ficarmos atrás. Mas ninguém abrange tal imensidão de assuntos e situações, por isso, ou calamos para aprender ou nos lançamos numa opinião a frio sobre algo muito desconhecido.
Ambas as opções podem estar correctas, sendo que a de opinar com pouca informação deve ser bem conseguida e abrangente. Saber ouvir é uma dádiva. Saber opinar ainda mais, mas opinar sem saber é uma tentativa de querer parecer mais. Não é crime nenhum tentar parecer mais sabedor do que aquilo que realmente se é, mas por vezes pode-se cair em estupidez que inferioriza a opinião dos outros sobre nós. Por isso as opiniões devem ter pelo menos um mínimo de coerência.
Todos podemos opinar e todos de opinião podemos mudar, basta que para isso hajam desenvolvimentos do nosso conhecimento sobre a matéria em questão.
Não se pode ter medo de mudar de opinião, porque sempre que mudamos com consciência é uma prova de crescimento intelectual e de sabedoria.
Por isso opinem, oiçam, mudem de opinião, voltem atrás numa opinião dada. Tudo isto sem medo pois como errar é humano, reconhecer o erro é superior, e conseguir admitir que mudamos alguma coisa e explicar o porquê ainda mais superior o é.

Provérbio Árabe

"Não diga tudo quanto sabes
não faças tudo quanto podes
não creias em tudo quanto ouves
não gastes tudo quanto tens

porque
quem diz tudo quanto sabe
quem faz tudo quanto pode
quem crê em tudo quanto ouve
quem gasta tudo quanto tem

muitas vezes
diz o que não convém
faz o que não deve
julga o que não vê
gasta o que não pode"

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Revolta do Baú!!! (Parte III)

Escuridão perdida

Um dia a própria escuridão se perdeu,
E sem saber onde se meteu,
Tentou ela se encontrar.

Mas já não havia nada a fazer,
Pois, depois de se perder
Era difícil de se encontrar
Sem se saber onde ela foi parar.

Ficou com medo e aflita ficou
Pois a escuridão nunca se tinha perdido
E tinha medo de outro indivíduo
Que escurecia a própria escuridão…

Foi então que se lembrou,
E repentinamente clareou
E prometeu que nunca mais escurecia
Nem de noite nem de dia
Aquele que a escuridão para si chamou.

Revolta do Baú!!! (Parte II)

O poder do tem de ser…

Poderoso ser aquele que tem de ser enquanto o não é,
Poderoso ser aquele que o é não o sendo,
Poderoso ser aquele que tem de ser
Mesmo sendo sem ter de o parecer…

Poder tal tinha esta criatura
Que ainda hoje perdura
O poder que tem de ser
Para que seja o querer!

Revolta do Baú!!!

A nudez da verdade

A verdade andava vestida,
Coberta e encasacada,
Repentinamente o tempo aqueceu,
E a verdade perdeu
A roupa que trouxera a mais.

O verão chegou e a verdade aderiu,
Tirou toda a roupa e nua se sentiu,
Sentiu-se que mais desprotegida não poderia estar
E não sabia onde encontrar
A verdade que outrora gostou de apresentar.

Pobre desta verdade
Que não sabia o que fazer
Quando certo dia teve de manter
As vestes de verão
Com o tempo a arrefecer.

Foi então que percebeu
Que não era menos verdade quando andava encasacada
Mas que quando desprotegida estava,
Nada melhorava…

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Dias e dias!

Todos os dias podem ser aqueles dias que nos orgulhamos de presenciar.
Mas esses dias podem ainda ser dias que vamos recordar.
Esses tais dias podem ser quaisquer dias sem ter de se lembrar.
Mas esses mesmos dias têm de ser dias dos nos quais nos dá para pensar.
Sem querer que um dia possa ter supremacia sobre os outros tenho de concordar que há dias e dias.
Há dias que sem querer são daqueles dias e há dias que estão marcados para ser esses dias.
Esta conversa sobre dias e dias nada traz para nos dizer, mas é sempre bom sabermos que há dias suficientemente bons para nos esquecermos que já houve um mau dia.
Dia sim, dia não.
Dia sim, dia sim, dia sim, dia sim sim sim!
Assim tudo continua sem nada sair do lugar.
Tudo se transforma sem ter sequer de mudar.
Tudo ganha nada crescendo por si só.
Para isso vamos passar os dias, todos os tipos de dias, desde aqueles dias até aos outros dias.
Todos são dias.
Todos nos ajudam a sentir.