quinta-feira, 5 de abril de 2007

Mulheres da China

Recentemente li um livro chamado “Mulheres da China” escrito por uma jornalista Chinesa chamada Xinran.
Este livro conta as histórias, que chegaram ao conhecimento da jornalista, sobre a forma como são tratadas as mulheres chinesas.
Fiquei bastante impressionado e o que me vem logo á cabeça é:
Mulheres ocidentais, dêem graças de terem nascido onde nasceram.”.
O livro conta todos os tipos de relações de subjugação e maus-tratos capazes de imaginar…e mais alguns.Para uma percepção mais branda do livro apenas apresentarei um breve e leve resumo de uma das histórias.


Resumo:

A história passa-se numa aldeia perdida no interior da China, onde as mulheres são completamente subjugadas e nem percepção disso têm, pois são completamente alheias ao resto do mundo, já que nesta aldeia não há nada. Quando digo nada falo de qualquer tipo de ligação ao “mundo real”, qualquer bem tecnológico, onde as famílias vivem em espécies de casas cavadas em encostas e onde a água é um bem muito raro e precioso.
A rotina diária destas mulheres passa somente em trabalharem na casa, tomarem conta dos filhos e terem á espera dos maridos que voltam do trabalho nos campos, comida e “cama”. Mas é aqui que a coisa se complica, pois em casas de famílias mais pobres existe uma mulher para todos os irmãos, ou seja, esta mulher vai ter de se relacionar sexualmente com todos os irmãos, sendo que a mulher é apenas usada como objecto.
A mulher tem de cumprir todas as suas funções sem sequer se interrogar sobre elas, e tudo o que estas mulheres recebem como prenda são dez folhas de uma árvore especifica, quando começam a ser menstruadas, com o intuito de servirem de penso higiénico, sendo recicladas para novas utilizações já que só têm dez. A reciclagem consiste em colocar pedras em cima destas folhas para as espremerem para estarem novamente prontas para serem utilizadas.
Como o mal não vem só, quase todas estas mulheres têm prolapso do útero.


Depois de uma história destas só me cabe dizer que, se calhar é bom elas viverem alheadas da informação do “mundo real”, para que assim sejam minimamente “felizes” dentro da sua pura ignorância.

Sem comentários: